Quem era Pôncio Pilatos?
Pôncio Pilatos
serviu nas legiões de Germânico em guerra contra as tribos germânicas. Após a
campanha promoveu-se e conseguiu o cargo vago de “Procurador da Judeia”.
Seu maior interesse em ser
deslocado para essa região era estar próximo das riquezas deslocadas para a
tesouraria do Templo de Jerusalém. Possui origem hispânica, conseguindo assumir
uma posição social de relevância graças ao casamento com Claudia, filha de
Juliana, mulher de Tibério, em seu terceiro casamento, que sendo exilada deu à
luz à filha que com 13 anos foi enviada a “educar-se” por Tibério que a tomou
com tutor, mas que não lhe acrescentava paternidade, sendo bastarda e não tendo
pai legítimo. Pilatos mantinha relações de concubinato constante sendo que já
havia mandado matar dois filhos de Mirian e seu filho herdeiro foi assassinado.
Tibério,
o Imperador Romano, por sua vez querendo
dar garantias de segurança romana promoveu o casamento de Pilatos com Claudia
no Templo de Diana garantindo assim a promoção de Procurador da Judeia.
Jesus foi entregue a julgamento
ao Procurador da Judéia, pois Pilatos enviou Jesus ao Tetrarca,
Herodes.
Jesus sendo julgado por Pilatos, em pintura de 1881 do pintor húngaro Mihály MunkácsyQuem era Herodes?
Na outra ponta do poder estava
Herodes Antípatro, (ou Antipas) adversário de Pôncio Pilatos, governava a
Judeia (tetrarca) aproximou-se do poder de Cesar Tibério, mas que na realidade
se ligava a Sejano, Ministro Imperial, a quem mandava regularmente ricos
presentes de tempos em tempos, e não mantinha relações com Pilatos, pois
divergiam da condição de poder, quem mandava mais.
Estes fatos sangrentos fizeram
com que o Imperador Augusto exclamasse: “Queria ser um leitão a ser filho de
Herodes”!
Herodes por sua vez mantinha as
aparências sociais, vivendo nas cercanias dos “gentios” e seguindo os preceitos
judaicos, frequentava o Templo seguindo os fariseus na interpretação da Lei.
Para ganhar as glórias do poder
político mandou erigir o “Templo de Augusto”, em mármore branco em honra ao
imperador falecido. Era essa a ambiguidade do tetrarca da Galileia e Pereia no
conceito religioso “amando” dois senhores, dando ofertas a Deus e ao Imperador,
além de manter em concubinato com Herodias, mãe de Salomé, na Corte.
Este quadro de intrigas com dois
mandatários era a efervescência daquela área geográfica do Oriente Médio.
Pilatos como procurador romano
tinha plenos poderes do cargo assumido proclamando a sentença cabível de sua
posição pronunciando o veredicto que lhe convinha.
Porque não se aplicou no direito
romano o Abolitio criminis (abolição do delito) já que Pilatos disse:
"Apresentastes-me este
homem como agitador do povo; mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada
verifiquei contra ele dos crimes de que o acusais. Nem tampouco Herodes, pois
no-lo tornou a enviar. É, pois, claro que nada contra ele se verificou digno de
morte".( Lucas 23:14-15)
Pilatos apresenta Jesus à multidão, em pintura de 1850, do suíço-italiano Antonio Ciseri
E acrescentou:
"Que mal fez este? De fato,
nada achei contra ele para condená-lo à morte; portanto, depois de o castigar,
soltá-lo-ei". (Lucas 23:22)
O medo de perder o poder e seus
benefícios:
Emanava do poder soberano do
Imperador, e, quando o poder de Roma era instalado nos países conquistados e os
procônsules tinham direitos mais vastos, fazendo às vezes do Imperador como “Abolitio
Privata” ou “Indugentia” para os súditos do Império.
Poderia assumir os “Direitos
Soberanos” e não se influenciar por escribas e cúpulas sacerdotais ou
influências das multidões. O magistrado assumia por completo a responsabilidade
de seus atos embasados nas leis jurídicas de então.
Existia uma guarda que se
aquartelava e eram guerreiros experimentados em batalhas do Império Romano. Não
foi essa estrutura militar que aprisionou Jesus.
Foi outra que assumia guardar o
Templo e que era comandada por ordens do Sumo Sacerdote.
Não é culpa de uma geração, mas
de uma atitude única de um todo. Neste momento histórico há uma cumplicidade de
poder sendo então o prisioneiro Jesus entregue ao “cárcere” para ser flagelado:
A mais injusta condenação de um
homem, sem as provas de crime!
Os soldados “em busca de
atividade” trataram Jesus como um “Rei de Comédia”, costume originário do povo
persa, chamada também de “Festa dos Saces ou Saceus”, onde se toma um
prisioneiro condenado e o fazem sentar sobre um trono, vestem-no com a pompa
real revestindo-o com uma túnica de sacrifício, fazendo os gostos de comer e
beber o que lhe apraz antes de despojá-lo, flagelá-lo e enforcá-lo (ou
crucificá-lo) como condenado à morte.
Deram-lhe ainda o coroamento da
injustiça perfurando-lhe o semblante com espinhos (botânica: Ziziphus Spina
Christis) e um cetro de autoridade momentânea (cetro da iniquidade humana) e
depois o penduraram na mais infame das condenações romanas:
A Cruz!
DESTE MODO A "JUSTIÇA"
LAVOU SUAS MÃOS, COMO ISENÇÃO DE CULPA!
VIDE:
https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-10428/tiberio/
https://cronologiadabiblia.wordpress.com/2011/07/05/37-ac-%E2%80%93-anno-mundi-3859-%E2%80%93-herodes-governador-da-judeia/
Tetrarca
"governante de um quarto" de um território, sendo o Herodes Antipas o
Tetrarca da Palestina Romana